Uma conferência de planejamento
A Velo-City ocorre anualmente. Nos anos ímpares, é sediada sempre em um país europeu e tem abrangência “local”, tratando geralmente apenas da Europa e com foco na região onde é organizada. Nos anos pares, é chamada de Velo-City Global e tem abrangência mundial, atraindo especialistas de todo o planeta em discussões de altíssimo nível.
Mais informações, em inglês, no site da Federação Europeia de Ciclistas.
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Uma conferência de planejamento cicloviário mundialmente respeitada, unindo milhares de especialistas que compartilham suas experiências sobre o uso da bicicleta como meio de transporte urbano.
A Velo-City ocorre anualmente. Nos anos ímpares, é sediada sempre em um país europeu e tem abrangência “local”, tratando geralmente apenas da Europa e com foco na região onde é organizada. Nos anos pares, é chamada de Velo-City Global e tem abrangência mundial, atraindo especialistas de todo o planeta em discussões de altíssimo nível.
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Uma conferência de planejamento cicloviário mundialmente respeitada, unindo milhares de especialistas que compartilham suas experiências sobre o uso da bicicleta como meio de transporte urbano.
A Velo-City ocorre anualmente. Nos anos ímpares, é sediada sempre em um país europeu e tem abrangência “local”, tratando geralmente apenas da Europa e com foco na região onde é organizada. Nos anos pares, é chamada de Velo-City Global e tem abrangência mundial, atraindo especialistas de todo o planeta em discussões de altíssimo nível.
Mais informações, em inglês, no site da Federação Europeia de Ciclistas.
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A caminho do Velo City Viena, pedi ao Vá de Bike uma dica do que gostariam de assistir por lá, para que eu trouxesse informações para um post. Assisti então à apresentação There’s Always room for cycling infrastructure! (sempre há espaço para infraestrutura cicloviária), do Engenheiro Sênior e Consultor Cicloviário Philip Loy, ao qual agradeço pela colaboração com este artigo. Para a realização da viagem à Viena, contamos com patrocínio do Banco Itaú, que vem apoiando e patrocinando diversas atividades e organizações pró-mobilidade por bicicletas, em busca de cidades melhores.
Os ciclistas já sabem: existe espaço nas ruas para infraestrutura cicloviária. Afinal, estamos nas ruas e sabemos que esse espaço existe. Mas a bicicleta, embora cada vez mais falada e cogitada, ainda não é levada a sério como deveria. Se mesmo na Europa ainda é assim, imagine aqui! Por isso é muito comum ouvirmos, como resposta à busca de infraestrutura cicloviária, que não há espaço para as bicicletas no viário.
Justamente pra quem ocupa menos espaço, é mais difícil ceder, mesmo que um pouquinho. Mas perceba: nos casos de grandes eventos e de obras emergenciais ou de infraestrutura. como água, esgoto, metrôs, BRTs, o espaço sempre surge. Normalmente, ocupando uma área muito maior do que se usaria para a infraestrutura cicloviária. E, mesmo assim, a cidade não para.
O congestionamento que evapora
O congestionamento causado por diferentes intervenções, de longo período ou permanentes, tem a capacidade de evaporar. É o Traffic Evaporation (evaporação de tráfego), segundo a publicação Reclaiming the Strees for people: Chaos or quality of life? da Diretoria Geral de Meio Ambiente da Comunidade Européia:
“A experiência em muitas cidades europeias é que:
- Problemas de trânsito posteriores a intervenções são geralmente bem menos sérios que o previsto
- Após um período inicial de ajustes, parte do congestionamento que surgiu nas vizinhanças da intervenção desaparece ou “evapora”, devido às mudanças de comportamento e de rotas pelos motoristas
- Como resultado, o ambiente urbano se torna mais habitável em muitos aspectos.”
“Os motoristas procuram novas alternativas para seus deslocamentos, seja mudando o percurso ou o modo de transporte”, esclarece Phillp Loy. O gerenciamento da demanda e campanhas promocionais e de marketing podem ajudar muito neste processo de adaptação.
Seguindo esta linha de pensamento, se torna claro que intervenções cicloviárias que ocupem espaço na via, logo terão os “problemas” gerados sanados e muitos outros problemas locais de deslocamento também serão solucionados pela nova infraestrutura cicloviária, resultando em um saldo positivo para a cidade.RESTRIÇÕES A INVESTIMENTOS
Porém o veículo que mais deveria receber atenção é o menos atendido. Afinal grandes obras são coisas sérias, exigem engenharia, projetos, concreto, asfalto, verbas… E bicicletas? São apenas aquele brinquedo de criança de nos remete a juventude?
Um exemplo recente disso foi a liberação, por parte do Governo Federal, de R$ 50 bilhões para o setor de transportes. A bicicleta nem foi mencionada, apesar termos sido convidados para debater o assunto em Brasília. Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro requisitaram mais de R$ 20 bi desse montante, mas zero para bicicletas. O Rio, que se intitula a Capital das Bicicletas, apresentou seu plano para gasto da verba: Metrô, BRT, VLT. Bicicletas? Ora não brinque comigo, estamos falando de coisa séria! “Embora possa não parecer assim para alguns, a bicicleta pode, de fato, ser a mais séria forma de transporte de todas”, destaca Loy.
E o consultor cicloviário conclui: “Sempre existe espaço para infraestrutura cicloviária. As restrições são políticas e não técnicas“.
Exemplos
Veja abaixo alguns exemplos de intervenções no Rio de Janeiro e a convivência com as obras:
Zé Lobo é diretor geral da Transporte Ativo e trabalha por cidades mais humanas e cicláveis desde 1992.
fonte: vadebike
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