sábado, 29 de setembro de 2012

Manual do Ciclista Urbano


fonte: pedalevivaemequilibrio.wordpress.com

E então… já passou muito material  sobre ciclismo pelas minhas  mãos… material sobre dicas de comportamento de um ciclista nas vias, equipamentos e/ou posturas de segurança, tipos de bike, etc, etc, etc… Porem ainda não havia visto material assim, ainda mais aqui em meu país, Brasil, (Se tiver algo com este esmero e qualidade, favor me avisarem, por gentileza, :) ).  
Este material é Mexicano, publicado pelo governo da Cidade do México e demais parcerias. Trata-se de um material riquíssimo, (óbvio que em espanhol, mas espero que não seja empecilho para ninguém), e absolutamente grátis aqui neste link MANUAL DEL CICLISTA URBANO de la Ciudad del México. Entrem, e baixem este manual, vale muito a pena. E para nossos governantes, favor se inspirarem nisto.


sábado, 22 de setembro de 2012

1° DESAFIO INTERMODAL DE JUIZ DE FORA




Tradicional em outras cidades brasileiras, Juiz de Fora teve nesta sexta-feira (21) o seu 1° Desafio Intermodal. O evento consiste em uma corrida entre diferentes meios de transporte com o objetivo de determinar o mais eficiente no trânsito. O caráter competitivo está apenas na modalidade, já que a intenção dos integrantes do grupo Mobilicidade JF é incentivar e praticar medidas em prol da mobilidade urbana. O grupo deu a largada às 19h do Terminal Rodoviário Miguel Mansur, no Bairro São Dimas, na Zona Norte, com destino ao Parque Halfeld, no Centro, pontos distantes cerca de 3,5 quilômetros.
Com 14min10s, a bicicleta elétrica, guiada pelo empresário Thiago Godoy, 30 anos, chegou em primeiro nas escadarias da Câmara Municipal, onde um dos organizadores da ação, Guilherme Mendes, marcava os tempos. Aos 15min05s, a administradora Francine Lisandra, 36, chegou com a bicicleta comum. "Vi muita falta de respeito dos motoristas e avanços de sinal na região central", reclamou Francine. "De um modo geral, foi positivo", classificou Mendes. Agora, os participante vão analisar a emissão de CO² de cada veículo e os gastos financeiros.
Em terceiro lugar, chegou a assessora de comunicação Maria Elisa Duarte, 31, que seguia em uma motocicleta (18min40s). O próximo participante a chegar, em quarto, foi o skatista Arthur Cota, 25, (24min18s). Já o publicitário Antônio Moreira, 29, realizou o trajeto de carro em 27min55s, ficando na quinta posição. Por último, a professora de educação física Jéssica Cláudio da Silva, 33, que fez o percurso a pé em 47min13s. Os organizadores também quiseram testar o percurso de ônibus. No entanto, ele não foi realizado de forma simultânea. O trajeto foi feito pelo motorista Rodrigo Gregório, 31, em 58min06s.

fonte: tribuna de minas

sábado, 8 de setembro de 2012

Não há vagas



   A Holanda é o lugar mais seguro do planeta para pedalar. O país tem praticamente uma bicicleta para cada um dos 16,7 milhões de habitantes, dos quais 10 milhões estão habilitados a dirigir uma frota de “apenas” 7 milhões de automóveis. Em cada duas pessoas que deixam suas casas em direção às escolas ou universidades, uma segue de bicicleta. Mais: um em cada quatro holandeses vai para o trabalho pedalando. São 29 mil quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas, de acordo com a União Nacional dos Ciclistas. Como comparação, a cidade de São Paulo, com 11,2 milhões de habitantes, tem 182,6 quilômetros de faixas exclusivas, 0,62% da capacidade holandesa.


Foto: Suellen Fontoura


   Pedágio?
   Na capital, Amsterdã, faltam 100 mil vagas para bicicletas.
Mas o domínio das bicicletas, iniciado em 1973 por causa da crise do petróleo, começa a dar sinais de esgotamento. Em muitas cidades, a quantidade de bicicletas supera o número de habitantes. Em Amsterdã, elas estão estacionadas em todos os cantos, e um exemplo da saturação é o fato de os dois megaestacionamentos construídos nas proximidades da estação central de trem – um com capacidade para abrigar 1,2 mil bikes e outro, de três andares flutuantes, com 2,5 mil vagas – já não darem mais conta da demanda. Até mesmo um barco na mesma região foi adaptado para socorrer os ciclistas. Ele abriga 400 bicicletas no seu interior e não tem mais espaço. Alguns estacionamentos, como o do mercado de ações Beurs van Berlage, com 1,1 mil vagas, são construídos debaixo da terra.
   A falta de espaço leva muitos ciclistas a deixarem suas bicicletas em locais privados, mediante o pagamento de uma mensalidade. Outros colocam as bicicletas em espécies de caixotes disponibilizados pelo governo, que cobra uma taxa anual. Cada “caixa” abriga até cinco bicicletas.
   Ainda assim, a competição é tão dura que os ciclistas, numa espécie de “jeitinho holandês”, muitas vezes optam por estacionar em lugares proibidos, o que levou as autoridades a recolherem 800 bicicletas de infratores nos três primeiros meses do ano.



Foto: Suellen Fontoura

 Um projeto piloto em Uterecht prevê a cobrança em novos estacionamentos.
   Segundo estudos locais, Amsterdã tem hoje um déficit de 100 mil vagas para bicicletas. Em tempos de crise econômica, a busca por espaço tem ficado cada vez mais cara. Só o projeto no subterrâneo da estação de trem da capital está avaliado em 700 mil euros. Para solucionar o impasse, o engenheiro Matthijs Griffioenm começou a estudar opções para o problema. Concluiu que a saída não estava nem sobre nem sob a terra, mas no ar.
Griffioenm desenhou um modelo de elevador que transporta as “magrelas” até o telhado das construções. O transporte seria acionado por meio de um bilhete magnético. Um painel eletrônico avisaria a cada segundo o número de vagas disponíveis. O projeto prevê ainda a instalação de painéis solares para minimizar os custos de energia com os elevadores. A ideia é um tanto futurista, admite Griffioenm, mas viável: a tecnologia é a mesma usada nos estacionamentos embaixo da terra e o custo da construção sai por quase a metade, cerca de 4 mil euros por vaga.


Foto: Reprodução


   O projeto do engenheiro Matthijs Griffioenm foi detalhado num gráfico do jornal HetParool.
   Enquanto as soluções inovadoras não aparecem, os usuários continuam a se virar como podem, em terra ou no subterrâneo. E seguirão a pressionar as autoridades a encaminhar soluções.

   É o caso de Utrecht, a 40 quilômetros da capital, onde ferrovias, pontos de ônibus e importantes edifícios têm sido readaptados para receber bicicletas. O objetivo, explica Anita Drix, responsável pelas reformas, é criar 22,2 mil novas vagas na região central, onde fica a estação de trem. O custo estimado das construções é de 52 milhões de euros.
  O projeto piloto exigirá, segundo Drix, uma mudança de cultura: “Ele garante economia de espaço e de tempo e facilidades à população.” Caso o plano obtenha sucesso, será também implementado em Roterdã e Haia, cidades que igualmente sofrem com a falta de espaço, além da capital.
  Parte do custo da manutenção pelo serviço, avaliado em 6 milhões de euros anuais, será paga pelo governo, mas a outra parte deverá ser cobrada dos usuários. O valor exato ainda não foi definido, mas poderá ser de até 1,50 euro por dia.




Foto: Suellen Fontoura

   Miriam van Bree, da União Nacional de Ciclistas, é contra a cobrança: “Temos de pensar soluções melhores”. Apenas 30% dos estacionamentos na Holanda são pagos. Os primeiros surgiram há cerca de dez anos. A provável ampliação da cobrança provoca reações. A estudante de jornalismo Kim Holla, por exemplo, refaz as contas sobre as vantagens de se deslocar por meio de bicicletas. “Eu moro em Amsterdã, estudo em Ede e trabalho em Utrecht. Tenho uma bicicleta em cada estação. Pagar por isso sairia muito caro para mim.” Ela prevê que se tiverem de pagar para estacionar, muitos usuários vão migrar para outras formas de transporte.

   Miriam van Bree, da União Nacional de Ciclistas da Holanda, alerta: “Temos de pensar em soluções melhores. Por que não colocar as bicicletas umas em cima das outras? O número de bicicletas próximas das estações não para de crescer, é bom pensar onde elas serão colocadas, não dá para fechar os olhos para um problema que deve se intensificar”.
   Apesar das dificuldades, a ativista diz que criar opções à bicicleta não é a melhor solução. O próprio histórico sobre rodas da Holanda ensina: desde que as primeiras ciclovias foram construídas, o número anual de mortes de crianças no trânsito caiu de 400, em 1971, para 14, em 2010. Não é por menos: além dos espaços adequados, os jovens têm desde cedo aulas teóricas e práticas de trânsito.
   Para Bree, as bicicletas são, definitivamente, a solução para o intenso tráfego nas metrópoles: “As cidades estão crescendo cada vez mais e, se quisermos ter um sistema fluido, é preciso tirar os indivíduos dos carros”.


Por Mayara Moraes, em Amsterdã
Fonte - Carta Capital  06/09/12

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Vá de carro e DEMORE até 3 vezes mais





Quem dirige carro perde três vez seu tempo

Meus colegas motoristas me falam que eles não andam de bicicleta porque não tem ciclovias e pensam que andar de bicicleta nas rua não é muito inseguro. Com as rotas alternativas, já podemos portanto atravessar Vitória inteira e ser ultrapassado por menos de um carro por quilômetro. Nada mal. Eu acredito que o calor é também uma outra razão para eles não querer usar a bicicleta para ir trabalhar mas já postei um artigo apontando para algumas soluções técnicas para amenizar o problema do calor. Além dessas duas desculpas clássicas, eles também acreditam que eles vão perder tempo de bicicleta.

Na verdade os motoristas perdem muito mais tempo do que eles pensam. Tem pelo menos 3 maneiras de perder seu tempo:

a primeira vez no engarrafamento. Fica difícil avaliar a velocidade média quando a gente fica preso num engarrafamento. Eu não ando só de bicicleta mas eu  também uso o carro os dias em que não consigo atingir meu local de trabalho de bicicleta, ou seja 2 ou 3 vezes por semana. Eu percebi que minha média oscilava entre 21 e 27 km/h quando eu me desloco para o trabalho, passando pelo centro de Vitória. Minha média de bicicleta híbrida está em torno de 20 km/h e não depende do trânsito. Se tiver muito trânsito pode até ser melhor para mim porque posso andar em grandes avenidas com bastante segurança sem precisar andar nas rotas alternativas que geralmente precisam usar caminhos um pouco mais longos.
a segunda vez é  o tempo de trabalho necessário para pagar um automóvel. Quanto tempo de trabalho quotidiano servem unicamente para comprar o veículo para ir para o trabalho? O pensador Ivan Illich justamente desenvolveu o conceito develocidade generalizada que descreve esse fenômeno detalhadamente.
a terceira vez é não aproveitando o tempo de transporte para se manter em boa condição física. O motorista deverá encontrar um outro momento durante a semana para fazer esporte, que seja um prazer ou não, ou subir as prováveis consequências da falta de atividade (obesidade, problemas cardiovasculares, ou outros problemas, reduzindo estatisticamente a sua esperança de vida e sua qualidade de vida). E se devemos pegar de novo o carro para ir até o local onde praticamos esporte, quanto tempo perderemos no total?

O conceito mais interessante citado acima é o conceito de velocidade generalizada que utilize além do tempo para se deslocar, o tempo para cobrir todas as despesas do meio de transporte utilizado. Esse tempo depende do salário horada pessoa. Uma pessoa com salário elevado pode comprar um carro mais rapidamente que um operário. Ela é calculada a partir da distância percorrida divido pela soma dos tempos de deslocamento e do tempo para pagar as despesas. A velocidade generalizada máxima de um meio de transporte pode ser calculada como a razãoentre o salário hora divido pelo custo por quilômetro. É possível mostrar que as velocidades generalizadas são de no máximo 14 km/h para bicicleta e carros mesmo para quem tem um salário-hora alto, ou seja, a velocidade generalizada para uma bicicleta é tipicamente da mesma ordem de grandeza do que a velocidade generalizado de um carro... Não se perde tempo de bicicleta.