segunda-feira, 23 de julho de 2012

Bicicleta com "kers": direto da F1 para as bikes




O sistema usado em carros da F1, agora adaptado para as bicicletas:


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   por Marcelo Rudini

FLYWHEEL BIKE - a bicicleta que conserva a energia do movimento
            


Flywheel bike - a bicicleta que conserva a energia do movimento


Mantenha a energia gerada para ajudar na aceleração da bicicleta
A tecnologia do disco giratório para conservar uma energia gerada é muito usada em máquinas industriais. Trata-se de um volante com um certo peso que quando impulsionado gira muito rapidamente e mantem o giro por um bom tempo. Quando você precisa da energia, basta tracionar ao disco e ele devolve o impulso.
É essa a ideia que Maxwell von Stein usou na bike. Só que com um disco menor. Para frear a bike, ele não usa um freio nornal. Por meio de um câmbio, ele conecta a roda traseira à roda giratória que aborve os giros do pneu reduzindo a velocidade. Quando quer voltar a acelerar, ele inverte a marcha e o sistema devolve à bike o impulso. Isso economiza sapatas de freios e perna de ciclista.
Mas como tudo tem um porém, o disco giratório tem 7 kg, o que pode ser um problema em algumas subidas.
 fonte:ondepedalar.com

sábado, 21 de julho de 2012

A Cidade é sua?

A cidade é nossa?

Assumimos como cidadãos a responsabilidade de cuidar da cidade?

Possuímos a compreensão de que ela nos pertence?

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" Cidades desenvolvidas em cima de uma política "rodoviarista" fracassada, coloca os cidadãos em condições idênticas as dessa fantástica ilustração criada pelo Departamento de Estradas Sueco, utilizada para contestar as altas velocidades permitidas na Suécia. 

   São Paulo e NY, por exemplo, que adotam velocidades entre 50 a 60Km/h, também afirmam ser seguras.
   Alguém tem ideia do resultado de um impacto de um veículo de 1,2t. contra um corpo humano a 50km/h? ..."



fonte: (facebook)oscar b.


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Cidades para pessoas. Ou não!

 


por Cristina Aragón


Blog do trânsito
São Paulo, metrópole grande em tudo incluindo as suas mega-contradições e desigualdades.

Mike Davis, Professor do Departamento de História da Universidade da California em Irvine, (Planeta Favela -2006), abordando as questões urbanas da “arquitetura do medo” escreveu:

“A mais famosa cidade periférica cercada e americanizada do Brasil é Alphaville, no quadrante noroeste da Gande São Paulo. Batizada (perversamente) com o nome do sinistro mundo novo do filme distópico de Godard, de 1965, Alphaville é uma cidade particular completa, com um grande complexo de escritórios, um shopping center de alto nível e áreas residenciais cercadas, tudo defendido por mais de 800 seguranças particulares. ..Segundo Tereza Caldeira (livro cidade de muros- 2000)- a segurança é um dos principais elementos da publicidade e obsessão de todos os envolvidos. Na prática, isso tem significado justiça com as próprias mãos contra criminosos e vadios invasores, enquanto a juventude dourada da própria Alphaville pode fazer loucuras; um morador citado por Caldeira afirma: a lei existe para os mortais comuns, não para os moradores de Alphaville…..Enquanto isso, de volta ao mundo local, os pobres urbanos estão desesperadamente atolados na ecologia da favela”.

Por outro lado, em SP, dá pra notar como as pessoas (as normais) voltam a ocupar os espaços públicos. Não é difícil observar encontros e comemorações de aniversários de crianças com decoração e tudo o mais, nas praças públicas.


Blog do Trânsito
Com a transformação de uma faixa de tráfego em ciclofaixa, da avenida Prof. Fonsceca, acontece a integração da ciclovia do Parque Villa Lobos. É uma experiência exitosa, tanto que uma grande seguradora, já faz marketing, financiando parte das ações operacionais, incluindo monitores de trânsito. Pena que as ações só aconteçam em fins de semana. Mas já é um começo de um processo, com certeza irreversível.

Quando governantes tiverem mais coragem e se convenceram que o sonho da fluidez acabou, devolverão o espaço que as bikes não deveriam ter perdido.Enquanto isso, um candiadto a prefeito promete implantar 400 km de ciclovias ou ciclofaixas em SP, coincidentemente, após uma desastrada matéria publicada em capa do diário oficial de SP, que dava destaque aos conselhos de um médico ortopedista. Em lugar de propor políticas públicas no sentido de viabilizar o transporte saudável e sustentável com segurança, o Dr paulista sugeria que ninguém pedalasse em sua vida cotidiana, exceto para o lazer. Sinal que ainda temos muito chão pra andar. 

Como diz o grande “profeta” J Pedro Correa, precisamos deixar de querer converter os já convertidos na causa da segurança do trânsito. 



fonte: Blog de Trânsito/iBahia (16/07/2012)







domingo, 15 de julho de 2012

Bicicleta que purifica a água enquanto pedala

Usando o poder do pedal para aliviar problemas de água no mundo 


O veículo Aqueduto procura abordar dois dos principais desafios do mundo em desenvolvimento: Saneamento e Transporte. Doenças relacionadas a água matam milhares de pessoas a cada dia. Além disso, fontes de água em áreas em desenvolvimento pode estar a quilômetros de casa, exigindo que se caminhe grandes distâncias diariamente carregando vasilhames com água, pesados.

O Aqueduto é projetado para permitir que uma pessoa possa higienizar e transportar água ao mesmo tempo, diminuindo potencialmente o esforço físico da tarefa e liberando mais tempo para o trabalho, educação, família, descanso...

À medida que o ciclista pedala, uma bomba ligada ao pé-de-vela da bicicleta tira a água de um tanque de grande porte, passando através de um filtro, e ficando armazenada em um tanque menor, já limpa e pronta para o consumo. Um botão engata e desengata a correia de acionamento do pedal, permitindo filtrar a água enquanto se desloca ou enquanto está parado. O tanque é removível, fechado e livre de contaminação. Após cheio pode ser retirado e guardado, enquanto outro vazio é acoplado à bicicleta para repetir a operação.

Em seu estado atual o projeto ainda é um protótipo. Ele nos mostra um novo conceito e uma nova forma de sensibilização em torno das questões de água limpa em países em desenvolvimento. A equipe Aqueduto planeja continuar seu desenvolvimento, enfrentando os desafios (tais como custos e tecnologias de purificação adequadas) sempre em busca de uma solução economicamente e tecnologicamente viável.






terça-feira, 3 de julho de 2012

”A cidade não é boa se você só vai ao shopping”


Enrique Peñalosa é ex-prefeito de Bogotá. Ele transformou a cidade, conseguiu baixar os altíssimos índices de criminalidade e proporcionar maior igualdade social com ações voltadas para os pedestres, às bicicletas e ao transporte público. E afirma: "Uma cidade não pode priorizar carros e pedestres, ela tem que fazer sua escolha. E essa escolha espelha o 

futuro que desejamos"


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fonte: www.revistaovies.com

“O MODO DE OCUPAÇÃO DE UMA CIDADE É UMA ESCOLHA POLÍTICA”

Porto Alegre/RS/Brasil - Conferência de Enrique Peñalosa,Economista e urbanista colombiano. Foto: Ramiro Furquim/http://Sul21.com.br
O especialista em meio de deslocamento sustentável, Enrique Peñalosa veio para o Brasil a convite do Fronteiras do Pensamento, curso que ocorre ao longo deste ano em Porto Alegre. Peñalosa, que já foi prefeito de Bogotá, realizou seu doutorado em administração pública com a intenção de estudar as soluções para alguns problemas urbanos e comuns a milhares de pessoas ao redor do mundo, a começar em seu próprio país. No dia 18 de junho realizou uma palestra onde alternativas urbanas foram apresentadas. O foco era a construção de cidades para pedestres e ciclistas. De fato, iniciativas como essa já ocorrem no Brasil, basta ver o estudo (http://cidadesparapessoas.com.br/) da jornalista cicloativista Nathália Garcia e da proposta do Baixo Centro (http://baixocentro.org/), que realiza atividades culturais no centro de São Paulo com a finalidade de humanizar o ”concreto” da vida cotidiana.
Peñalosa vai ao encontro dessas iniciativas, pois acredita que os únicos espaços públicos nas cidades são aqueles para pedestres. Para ele, os locais para ciclistas devem ser ainda reivindicados, especialmente em países em desenvolvimento. Durante sua palestra no Fronteiras do Pensamento, o colombiano fez o público imaginar como seria uma cidade, a nossa cidade, caso tivéssemos uma varinha mágica. Quais modificações faríamos? Ele lança duas cidades parâmetros: Houston com suas ruas e autopistas ou Amsterdam com suas bicicletas e, como ele diz, com os flertes oportunizados pelo contato visual mais próximo. Para Peñalosa, Amsterdam e todas as cidades com ciclovias são cidades muito mais sensuais.
Aqui a prioridade não é o carro
O ex-prefeito de Bogotá diz que a igualdade não acabou com a queda do muro de Berlim, e que ela não se encontra na propriedade privada. Para ele, esta só traz mais desigualdade. Como exemplo do que pensa, ele diz que uma boa cidade é aquela em que se dá vontade de sair para fora de casa para passear em espaços públicos, não privados. ”A cidade não é boa se você só vai ao shopping”, afirma o colombiano. Em sua palestra no Fronteiras do Pensamento, Peñalosa afirmou que os shoppings, redutos de lojas multinacionais, são indícios de cidades doentes. Suas atitudes não causaram satisfação em todas as vidas de Bogotá, especialmente quando ele cogitou comprar o clube de golfe da cidade para transformá-lo em um parque público. ”O lazer das pessoas pobres é nos parques e é dever do Estado garantir isso”, afirma o colombiano. Para ele, o acesso ao verde deve ser universal, sem ter necessidade de ser sócio de um clube. Para que isso ocorra, o governo tem que investir na compra de terras públicas nas cercanias dos municípios.
A importância das ciclovias e dos pedestres
Peñalosa cita a ciclovia como uma das soluções para a mobilidade urbana, pois dá reconhecimento e segurança ao usuário. Na capital colombiana, quando era prefeito, construiu 240 km de ciclovia em áreas periféricas, bem como áreas exclusivas para pedestres. Além disso, reconstruiu áreas centrais onde os carros utilizavam partes das calçadas para estacionar. ”As calçadas são parentes dos parques, não das ruas”, diz Peñalosa. O administrador público arrancou aplausos da plateia ao afirmar que o estacionamento não é um direito constitucional e que o prefeito pode aumentar a calçada ou fazer ciclovia como bem entender.
O colombiano afirma que o problema dos engarrafamentos não é criar mais autopistas, o que aumenta ainda mais o tempo de viagem e faz tratar ”fogo com gasolina”. O transporte, para ele, transforma somente a mobilidade, e não o problema do engarrafamento. Para resolver o número crescente de carros que circulam pelas cidades devem-se realizar limitações rígidas. Construir prédios bem localizados sem garagem é uma solução, e a melhor, para Peñalosa, é restringir o estacionamento: ”proibir o estacionamento no centro, priorizando o pedestre e o transporte público”. Lembramos: o modo de ocupação de uma cidade é sempre uma escolha política. Uma cidade, como  afirma Peñalosa, não pode priorizar carros e pedestres, ela tem que fazer sua escolha. E essa escolha espelha o futuro que desejamos