quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mobilidade Urbana em uma abordagem inteligente:


Na última década, o Governo Federal tem debatido o conceito de mobilidade urbana para construir uma nova definição a respeito do assunto. Diferente do entendimento anterior, que tratava a questão de forma fragmentada e considerava somente a circulação de veículos, hoje, além de ter como foco as pessoas, vincula-se diretamente à organização territorial e à sustentabilidade das cidades.

Sendo assim, o conceito de mobilidade urbana se apoia em quatro pilares: (i) integração do planejamento do transporte com o planejamento do uso do solo; (ii) melhoria do transporte público de passageiros; (iii) estímulo ao transporte não motorizado; e (iv) uso racional do automóvel.

Em relação aos congestionamentos, estes vêm surgindo nas cidades menores e se tornando crônicos em grandes cidades. Paralelamente, percebe-se uma evasão de passageiros dos sistemas de transporte público ao longo do tempo, devido principalmente a problemas de infraestrutura e qualidade dos serviços. Por fim, a baixa qualidade das vias urbanas desestimula a locomoção a pé e restringe o uso de bicicleta, incentivando o uso do automóvel particular para realizar percursos diários e dificultando, ainda mais, a locomoção nas cidades.

Diante disso, o tema mobilidade urbana cresce em relevância e complexidade, afeta consideravelmente a qualidade de vida da população e a economia das cidades, merecendo atenção especial por parte dos gestores públicos. Os municípios brasileiros detêm o posto de principal ente federativo para o exercício das atividades relacionadas ao planejamento e gestão do espaço, enquanto a União tem caráter predominantemente indutor, sendo responsável pela instituição de diretrizes para o desenvolvimento das cidades.
O adequado planejamento urbano e de transportes, de competência dos municípios, contribui dessa forma para a qualidade da mobilidade urbana e consequente boa alocação dos recursos públicos:

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                  SUSTENTÁCULOS - Mobilidade Urbana


fonte: TVBrasil


É consenso que transporte público é a solução para o transito nas grandes cidades. Mas pouco se vê de planejamento estratégico para transformar planos em realidade. Os congestionamentos não são apenas danosos para o transito eles impactam a economia, a saúde e o meio ambiente. A busca por veículos menos poluentes que usem energia mais limpas também é um dos caminhos para se diminuir os problemas.


SUSTENTÁCULOS - Mobilidade Urbana (parte1)

                                              SUSTENTÁCULOS - Mobilidade Urbana (parte2)

                                             SUSTENTÁCULOS - Mobilidade Urbana (parte3)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Módulo de Reparação para Bicicletas:



Uma Ideia Fantástica! 




Quem pedala sabe o quanto é útil um equipamento assim. Chaves de boca, de fenda, sextavadas... as mais variadas, até uma bomba de ar encontramos no "módulo de reparação de bicicletas", uma ideia genial!


Quanto tempo um você acredita que duraria esse módulo em nossas ruas? 



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Psicologia do Trânsito: Não permaneça doente.


O ESTRESSE NO TRÂNSITO




O aumento acentuado da frota automobilística nos últimos anos está saturando nossas ruas, avenidas, provocando enormes congestionamentos, tornando o tempo médio de deslocamento entre um ponto e outro de uma grande cidade cada vez maior, principalmente nos horários de pico, que são no início da manhã e final da tarde. 



Segundo as estatísticas realizadas pelo DETRAN / PR ( 2006 ) a frota de veículos só na cidade de Curitiba aumentou 6,21% de 2005 para 2006 e estima-se que neste ano ela chegue a um milhão de veículos, concluindo que para cada dois habitantes um possui veículos.

Com o aumento da frota, causando congestionamentos, maior poluição sonora provocada por motores e buzinas, motoristas imprudentes e pedestres que não respeitam as regras de circulação, espera-se também o aumento de estresse e conseqüentemente o aumento dos índices de acidentes, provocados principalmente por falha humana, fazendo com que o comportamento agressivo de um motorista desencadeie a agressividade do outro, resultando num quadro caótico de motoristas mal-humorados, agredindo-se mutuamente , aumentando mais a violência urbana.

HENNESSY E WIESENTHAL ( 1997, citado por Presa, 2002 ), tem realizado estudos sobre o estresse, mensurando a predisposição ao mesmo e as reações dos motoristas ao passar pela experiência de condições de congestionamento no trânsito e encontraram uma grande variedade de comportamentos direto e indiretos provenientes dos motoristas em situações de grande congestionamentos, enfrentando também comportamento provocativo de outros motoristas ou pedestres, xingamentos, palavrões, ofensas morais, etc. Concluem que o estresse ao volante está se tornando uma síndrome típica em motoristas de grandes centros urbanos que usam o automóvel diariamente.


Para VASCONCELOS ( 1998 ), o trânsito é uma disputa pelo espaço físico , que reflete uma disputa pelo tempo e pelo acesso ao equipamentos urbanos – é uma negociação permanente do espaço, coletivo e conflituoso. E essa negociação, dadas as características de nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base ideológica e política; dependendo de como as pessoas se vêem na sociedade e de seu acesso real ao poder.

Nessa disputa pelos espaços surgem divergências de idéias, de valores, de cultura. E a negociação que deve ocorrer no trânsito nem sempre acontece. Os condutores ficam então, nervosos, ansiosos e estressados, traçando um caminho para a luta e a agressividade no trânsito.

De acordo com STORR ( 1970 ), não pode haver dúvida de que o homem também é um animal territorial. Mesmo em circunstâncias tão remotas do primitivo como na civilização ocidental contemporânea, a área rural é demarcada por cercas e tapume de varas ou ripas, muitas das quais exibem avisos dizendo que os “Invasores serão processados”; e o ingresso em nossas casas de pessoas não-autorizadas é tão ressentido quanto a perda de qualquer propriedade que elas possam esconder. A presença de um estranho no jardim geralmente é considerada como uma ameaça ou, pelo menos, como uma circunstância que exige investigação.

Como os outros animais, o homem também reage com maldade à superaglomeração. Embora, na civilização adiantada, o amontoamento de gente nas cidades não leve, forçosamente, à escassez de alimento, talvez existam traços de agressividade que outrora serviam para espaçar tanto os indivíduos como grupos de homens. Aqueles dentre nós que vivem em cidades aprendem a se acomodar, em certo grau, ao tipo de congestionamento que parece ser uma conseqüência inevitável da urbanização; as quanto mais amontoados ficamos, maior a facilidade com que tendemos ao ressentimento mútuo, favorecendo ao descontrole do impulso agressivo.

É verdade também que algumas pessoas se alteram com maior facilidade quando estão na direção de um veículo, muitas vezes elas nem estão totalmente conscientes dos fatores que estão gerando o seu estresse. Também é importante destacar que nem todo o tipo de estresse tem de ser necessariamente negativo para a condução, já que este pode ajudar, em alguns momentos, no estado de alerta e reação que se necessita para o manejo dos veículos ou para evitar um acidente. O estresse não é mais que uma resposta adaptativa do organismo a situações em que seja necessária uma tomada de decisão. Geralmente esta decisão envolve respostas vigorosas, rápidas e que tem por finalidade o retorno ao equilíbrio.

O cortisol é o hormônio do estresse e seus níveis aumentam e diminuem ao longo do dia, apresentando um pico pela manhã. Este hormônio tem um papel preponderante na regulação do metabolismo, da pressão arterial, da função cardiovascular e da atividade imunológica. O cortisol ajuda o organismo a responder ao estresse, mobilizando-o para uma atividade intensa. Quando produzido em níveis excessivos, em conseqüência do estresse crônico, sobrecarrega o sistema cardiovascular, o cérebro, o metabolismo e as demais funções corporais.

O motorista deve ficar alerta para o estresse crônico, o estresse de longo prazo ( os negativos; conseqüência de situações consideradas altamente estressantes, como por exemplo : a morte de um ser querido, mudança de emprego, divórcio, etc. ). Estes são geralmente geradores de maiores níveis de hostilidade e de comportamentos competitivos, manifestações de agressividade direta em relação a outros condutores aumentando a predisposição para uma condução imprudente , com tendência à tomada de decisões mais perigosas do que a habitual ou com menor valoração e percepção de risco.

Segundo os especialistas em Medicina de Tráfego ( ABRAMET 2002 ), o organismo tende a reagir ao estresse através de quatro estágios : alerta, resistência, exaustão e falência, causando sérias conseqüências físicas e emocionais. O organismo pode diante de uma situação estressante reagir “enviando mensagens” , de tensão muscular nos braços e cintura escapular, sensação de aperto no estômago, taquicardia, rubor facial, insônia, cefaléia, lombalgia, etc.
Assim ,caracterizando a fase de exaustão, e como não é possível modificar o trânsito, temos que aprender a conviver com situações estressantes durante a nossa vida, então, os especialistas em Medicina de Tráfego passam algumas recomendações para diminuir o estresse no trânsito :

- Saia com antecedência de casa;
- Procure caminhos alternativos, evitando grandes avenidas, de trânsito intenso;
- Quando tiver discussão, no trabalho ou em casa, evite sair de casa;
- Procure ouvir música calma e relaxante, em volume condizente, confortável, não ouça o noticiário do rádio. Começar o dia bombardeado por notícias deprimentes sobre corrupção e desvios de verbas é meio caminho andado para piorar seu estado de espírito.
- Deixe o ar condicionado ligado, mesmo com a janela um pouco aberta;
- Conte até dez antes de responder a insultos e fazer gestos obscenos, não descarregue sua ira nos outros. Procure ser mais tolerante com as barbeiragens dos outros motoristas, evite revidar, fechadas, xingar , respeite os pedestres, eles estão desprotegidos em relação a você.
- Faça exercício respiratórios, inspirando e expirando lentamente, “sinta o ar entrar e seus pulmões”;
- Aproveite o trânsito parado para planejar seu fim de semana ou férias;
- Evite manter o pé fixo na embreagem e faça exercícios com os pés.

Procure ser solidário no trânsito.



Cassemira de F. da Maia Kopycki
Psicóloga Perita em Trânsito



domingo, 5 de fevereiro de 2012

O Design de Mobiliário se rende às Bikes!


BICICLETAS INVADEM O DESIGN DE MOBILIÁRIO


Linha Breeze, de SungHa Lee e Minsoo Park
A bicicleta está em alta. E não apenas entre as pessoas que optam por adotá-la como seu meio de transporte principal, mas também entre os designers de móveis e luminárias, que, além de se aventurarem no design de bikes, também se dedicam a criar peças utilizando partes das “magrelas”, como rodas, aros e correias.
Um exemplo recente é a arara da linha Breeze, criada pelos coreanos SungHa Lee e Minsoo Park, do estúdio HawaSoo. A roda de bicicleta foi colocada só em um dos cantos, mas já é o suficiente para fazermos a conexão. A ideia dessa linha, aliás, é que, quando as três peças sejam colocadas juntas, formem a imagem de uma bicicleta.
Série Connect, de Carolina Fontoura Alzaga
A artista Carolina Fontoura Alzaga, de Los Angeles, inspirou-se nos candelabros da era vitoriana para conceber as luminárias da série Connect. Feitas a partir de correias, coroas e outras partes de bicicleta, as criações de Carolina são, nas palavras da própria artista, “esculturas funcionais”.
Elas “desafiam a estética da riqueza ao contrastar a elegância clássica do candelabro com a elegância recém-descoberta das partes mecânicas de bicicletas descartadas”. O resultado são peças de grande presença e efeito cênico.
Estante Bookbike, do estúdio BYografia
Para inserir a bike no contexto doméstico, o estúdio italiano BYografia criou a estante Bookbike. A ideia é acomodar a “muitas vezes exilada, mas fortemente amada” bicicleta nos espaços mais importantes da casa, juntamente a livros e outros objetos.
Uma forma simples e interessante de tirar partido da bicicleta no décor é adotar a roda da bicicleta como moldura (abaixo): o espelho é colocado no centro. A peça é muito simpática e parece uma boa pedida para os adeptos do Do-It-Yourself. Outra ideia interessante nesta mesma linha é a do Bike Chain Bowl, criado pelo norte-americano Graham Berg.
E não se pode falar em bikes no design sem mencionar dois clássicos italianos: o banco Sella e a mesa Tour. Tendo como base quatro rodas de bicicleta, a Tour foi criada por Gae Aulenti em 1993 e foi um desenvolvimento da Tavolo con Ruote (mesa de centro cujos pés eram rodízios, criada em 1980). Já o banquinho Sella foi desenhado pelos irmãos Achille e PierGiacomo Castiglioni em 1957.
Achille buscava um assento para a mesinha do telefone de sua casa, e assim surgiu esse ready-made, cuja proposta era proporcionar um assento confortável para períodos breves – jeito infalível de otimizar o uso do aparelho inventado por Graham Bell. (WINNIE BASTIAN)

Mesa Tour, de Gae Aulenti para Fontana Arte
Banquinho Sella, dos irmãos Achille e PierGiacomo Castiglioni para Zanotta
Bike Chain Bowl, de Graham Berg

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Veja como é o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Juiz de Fora/MG - 2010/2013

Conheça o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Juiz de Fora/MG - 2010/2013.


Mas antes de realizar sua leitura, saiba o que é, no entendimento do Governo Federal, Mobilidade Urbana e Acessibilidade:
O que é Mobilidade e Acessibilidade Urbana Sustentável?


O Plano de Mobilidade Urbana  - PLANMOB - do Ministério das Cidades apresenta esses conceitos de forma articulada onde se tem que a mobilidade urbana para a construção de cidades sustentáveis será então produto de políticas que proporcionem o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, priorizem os modos coletivos e não motorizados de transporte, eliminem ou reduzam a segregação espacial, e contribuam para a inclusão social favorecendo a sustentabilidade ambiental.  
É importante destacar a associação existente entre o uso do solo, condição socioeconômica e acessibilidade. A acessibilidade cresce quando os seus deslocamentos apresentam um custo menor e a propensão para interação entre dois lugares cresce com a queda do custo dos movimentos entre eles. 




Plano de Mobilidade Urbana de JUIZ DE FORA/MG: 





fontes: