sexta-feira, 22 de junho de 2012

Conhece as melhores cidades para andar de bicicleta no Brasil?



Nunca pedalei em nenhuma das cidades avaliadas... Se você conhece ou mora em uma delas, por favor, deixe um comentário:

*

por: http://tvboituva.com.br/Melhores cidades para se andar de bicicleta no Brasil



Atropelamentos de ciclistas se tornam a cada dia mais comuns e aumentam a taxa de mortalidade em acidentes no trânsito. Recentemente alguns casos em grandes avenidas da capital paulista gerou grandes repercussões.
Apesar disso, o incentivo para o uso de bicicletas vem crescendo muito. Com principal ideia de menos poluição das cidades e a construção de um trânsito menos conturbado.
O litoral paulista está à frente da realidade brasileira, com a criação de ciclovias e ciclofaixas, já que na região a bicicleta é um meio de transporte muito usado para realizar as atividades cotidianas. O litoral de São Paulo conta com 266 km  de ciclovias espalhados pelas 12 maiores cidades da região.
O Rio de Janeiro tem a previsão de 300 quilômetros de ciclovias até o próximo ano
Ao todo, o Brasil conta cerca de 600 quilômetros de ciclovias por todo seu território.
A seguir a lista com as melhores cidades para se andar de bicicleta com maior segurança e conforto em nosso país.



Santos (SP)

Por ser uma cidade plana e ter um clima agradável, Santos, no litoral de São Paulo, é uma das cidades com maior estrutura para o ciclismo urbano. A cidade tem cerca de 20 quilômetros de ciclovia. E não é apenas na orla da praia que é possível pedalar tranquilamente. A malha cicloviária da cidade interliga várias regiões, indo da divisa com São Vicente na orla até a área portuária. Outro ponto a ser destacado sobre a cidade litorânea é a grande quantidade de pessoas que atravessam o “Ferry Boat” que liga Santos a Guarujá de bicicleta.

Ciclovia na cidade de Santos, litoral paulista. Imagem | Armando Catunda/AE
Foto: Armando Catunda/AE


Sorocaba (SP)

Sorocaba, no interior de São Paulo, é considerada um modelo de cidade que pensa na bicicleta como meio de transporte.  A cidade conta com uma das maiores redes do País. Todas ciclovias possuem padrão com pintura vermelha,  boa sinalização ao longo dos percursos, calçadas para caminhadas, sistema de iluminação e paisagismo, com gramado, arbustos e arborização.  Um número que chama a atenção para uma cidade de apenas 500 mil habitantes.

São Paulo (SP)

Apesar do trânsito caótico, a cidade de São Paulo vem aos abrindo os olhos para a importância da bicicleta como meio de transporte. Iniciativas como a Ciclofaixa de Lazer e a Ciclovia do Rio Pinheiros ajudam na mudança e colocam a bicicleta na lista dos meio de transporte da cidade.

Em São Paulo, ciclistas podem transitar com bicicletas no Metrô da cidade. Na cidade de São Paulo, há ainda a lei de n. 10.907/91 – Decreto 34.864/95 diz que toda nova avenida deve trazer consigo uma ciclovia.
É possível considerar a cidade de São Paulo como uma cidade com alguma estrutura para os ciclistas.
Rio de Janeiro (RJ) 

Nas principais praias da zona sul do Rio, o ciclista encontrará longos trechos de ciclovia, na maior parte usada para lazer. Uma das ciclovias vai da Praia do Leblon até o centro da cidade.

Além disso, a cidade conta com um sistema de aluguel de bicicletas muito interessante. Atualmente, há 190 bicicletas de aluguel espalhadas por 19 estações, que foram equipadas com câmeras de segurança, sensores e sistemas de alarme.
Pagando R$20,00 por mês, cariocas e turistas poderão utilizar o veículo. Já quem deseja alugar a bicicleta só por um dia, não precisa fazer cadastro no site. Basta ir até uma das estações em posse de um telefone celular e um cartão de crédito e se dirigir a uma das máquinas de cadastro. A diária da bicicleta sairá por apenas R$10,00
Brasília (DF)

O trânsito de Brasília, cidade planejada, é conhecido pela educação de seus motoristas, que param na faixa de pedestres até quando o farol (sinal) está aberto.  A cidade tem a geografia bem plana e ideal para a prática do ciclismo.

A meta do programa Pedala-DF, é até o fim do ano, construir a maior malha cicloviária da América Latina, com 600 km de extensão. Dificilmente cumprirá a meta até o fim do ano. Mas é possível perceber uma movimentação na cidade pelo maior uso das bicicletas como meio de transporte.
Porto Alegre (RS)

Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, também tem um Plano Cicloviário. A lei que prevê a criação de novos trechos de ciclovia na cidade foi sancioada em 2009.

A meta do plano cicloviário de Porto Alegre é a criação de uma rede de 495 quilômetros de extensão de ciclovias e ciclofaixas para garantir a bicicleta como meio de transporte para cerca de 200 mil habitantes.
Aracaju (SE)

No Nordeste do País, a capital de Sergipe, Aracaju dá um ótimo exemplo com um sistema de ciclovias com 62 quilômetros de extensão. E segundo a prefeitura da cidade, que já investiu mais de R$ 11 milhões na ampliação e estruturação de vias exclusivas para ciclistas, o objetivo é transformar a cidade na “capital da bicicleta”

.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Miopia mata!


...as coisas estão mudando... não podemos parar...


por Denis Russo Burgierman

Como a política mata ciclistas

Nunca andamos tanto de bicicleta - e por isso mesmo nunca houve tão pouco espaço para elas. E para mudar isso só há um caminho: acabar com a miopia urbanística dos governantes


Cada um de nós tem uma escolha a fazer sobre como chegar ao trabalho todas as manhãs. Podemos ir de carro, a pé, de transporte público, de táxi, de moto, de bicicleta. Há prós e contras para todas as opções. Ônibus é mais barato, mas também não é nenhuma pechincha: em São Paulo, onde a passagem custa R$ 3, um mês de ida e volta de ônibus custa R$ 180 por pessoa, 30% do valor do salário mínimo. E é infernal: implica muito aperto, muito tempo perdido, muito susto com motoristas estressados... (e quem não se desequilibraria passando o dia no trânsito?)


É tão ruim que uma minoria crescente da população opta por ter um carro. A vida com carro não é boa, mas é muito melhor do que dentro do ônibus. Os vidros fumê, o ar condicionado e a música ambiente dão a sensação de que está tudo bem, apesar de Sodoma e Gomorra lá fora. Ter carro é caro: custa mais de R$ 1 mil por mês, se tudo for colocado na conta (impostos, estacionamento, gasolina, depreciação do veículo). E há vários contras para o resto da cidade: essa opção implica poluição, piora do clima, custos para a saúde. Além dos usuários de transporte público e carro, há quem prefira caminhar (a escolha mais barata), outros andam de táxi. E há quem opte pela bicicleta.


Bicicleta só não é mais barato do que caminhar. E, além do custo baixo, ela é boa para quem pedala (evita obesidade, depressão, doença cardíaca, câncer, melhora o sono, o sexo, a disposição) e para a cidade (reduz o trânsito, não emite poluentes, não piora o clima e reduz gastos públicos com saúde). A prefeitura de Copenhague calculou que, a cada quilômetro que uma pessoa anda de carro, a cidade gasta R$ 0,30. A cada quilômetro pedalado por uma bicicleta, a cidade ganha R$ 0,70 (com o incremento do turismo, por exemplo). Ou seja, abrir espaço para bicicletas é bom para todo mundo.

A boa notícia é que nunca se pedalou tanto. Só na cidade de São Paulo o número dos deslocamentos debicicleta subiu de 47 mil por dia em 1987 para 147 mil em 2007 (data das estatísticas mais recentes). Isso é quase o dobro dos deslocamentos de táxi (78 mil). Em países bem administrados, os cidadãos são estimulados a escolher aquilo que é melhor para todos. Na Bélgica, por exemplo, ciclistas pagam menos impostos. Já no Brasil, pedestres e ciclistas são punidos com a falta de espaço.


O prefeito é o responsável por construir infraestrutura para a cidade. Ele cobra impostos de todos os habitantes e, com esse dinheiro, tem a obrigação de tornar o espaço público adequado para todo mundo. Nas cidades brasileiras, a maior parte dos investimentos no espaço público é tradicionalmente voltada para quem anda de carro - o dinheiro que a prefeitura toma de todo mundo é gasto com um só grupo.


Por quê? Por inércia. Na nossa cultura política, o que rende voto é obra monumental - basicamente grandes viadutos e avenidas. Não por coincidência, as empreiteiras que fazem essas obras são as grandes financiadoras das eleições. Ou seja, o dinheiro doado na campanha volta multiplicado ao bolso de quem "doou". Esse ciclo vicioso, por si só, não é o responsável pela quase inexistência de infraestrutura para ciclistas no Brasil, mas ajuda. É que as obras viárias matam dois coelhos dos políticos com uma cajadada só: rendem contratos gordos para os financiadores de campanha e votos, muitos votos. Mas essa é uma visão caduca.


Não é de hoje que bom urbanismo ganha eleição - e não é exagero concluir que essa tendência vive um auge histórico. O caso do Bike Rio serve de exemplo. Trata-se de um sistema de aluguel de bicicletas a exemplo do Vélib´, de Paris: você aluga a bicicleta num ponto e devolve em outro. Esperavam que o sistema tivesse 7 mil usuários. Pouco depois da inauguração, em outubro de 2011, eram 45 mil. Moral da história: construa uma boa infraestrutura, e a bicicleta como meio de transporte virá - para o bem de todos.

Olhar com atenção para esse assunto não é só uma questão de urbanismo, inclusive, mas de segurança pública. Em março, a ciclista Juliana Ingrid Dias morreu esmagada por um ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo. Ela foi uma entre os 3 ciclistas mortos no Brasil naquela semana. José Carlos Lopes, o motorista do ônibus que a matou, disse que a conhecia, que a via todos os dias, que ela era consciente, cuidadosa, educada, "tinha noção do espaço dela". Mas não havia espaço para ela. E enquanto a visão urbanística dos nossos prefeitos continuar míope, as mortes não vão parar.

Ilustração: Alexandre Piovanni

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Homens, sigam as Mulheres!


Historicamente, as mulheres tiveram papel essencial na transformação da sociedade. Sua participação em ações revolucionárias sempre inspiraram pessoas e mudaram histórias de vidas. Atualmente não é diferente:


por Aline Cavalcanti

Grupos de pedal feminino se espalham pelo Brasil

Avaliar as potencialidades de uma cidade “bike friendly” passa, sem dúvida, pela quantidade e qualidade de ciclovias, ciclofaixas, vias compartilhadas, estacionamento de bicicletas, integração com o transporte público, sinalização viária e toda a cultura de autoestima que atrai mais ciclistas. Mas o caminho inverso também é verdadeiro e não menos importante: a demanda gera infraestrutura.

Um artigo publicado pela Comunidade Científica Americana, apontou um novo indicador para saber o quão ciclável é uma cidade: o número de mulheres que pedalam nas ruas. Segundo a pesquisa, as moças estão menos habituadas a correr risco do que os homens, por isso, quanto mais mulheres pedalando, mais humanas e “amigas do ciclistas” são as cidades. Países que entenderam a importância em investir e estimular a segurança dos ciclistas já fazem seus planejamentos urbanos considerando a forma como as mulheres vêem o uso urbano e diário da bicicleta.
“Quanto mais mulheres pedalando, mais homens as seguirão” – David Byrne
No Brasil, além das várias ações que disseminam a cultura da bike, existem grupos e coletivos que procuram estimular especificamente as mulheres a repensarem suas relações com a cidade e utilizar a bicicleta de uma maneira segura e agradável. Eles são uma ótima oportunidade de promover encontros, conversas, compartilhar experiências, espelhar mais meninas e, principalmente, pedalar em grupo.

Você já reparou que o número de mulheres ciclistas vem aumentando consideravelmente?

Além da atual visibilidade da bicicleta, esse fato vem ocorrendo graças ao trabalho inspirador de algumas grandes mulheres que dão exemplo e desmistificam diversos tabus em relação à “dupla fragilidade” da bicicleta e do sexo feminino.
Entre essas figuras está, sem dúvida nenhuma a jornalista Renata Falzoni, que pedala desde 1974 quando trocou o carro pela bicicleta. Renata é uma pessoa muito importante para o cicloativismo e inspiração de vida a homens e mulheres do país inteiro.

Grupos femininos de ciclistas ganham as ruas


Pedalinas na Praça do Ciclista. Foto: Aline Cavalcante
Estimular que mais mulheres conquistem autonomia, liberdade, segurança e independência diante de um trânsito machista e hostil é um desafio e tanto.
Para isso, a cidade de São Paulo conta, desde 2009, com o Coletivo Feminino de Ciclistas – as Pedalinas – elas promovem oficinas de mecânica básica, ensinam a pedalar, fazem cicloviagens, entre outras atividades.
Outro grupo tradicional em SP é o Saia na Noite que recentemente completou 20 anos de vida. O grupo foi criado e organizado por outra figura ímpar na luta da bicicleta nessa cidade, a inspiradora Teresa D’Aprile. Se encontram semanalmente para pedalar, promovendo ainda pedais temáticos, como no Dia das Mulheres.
As Cíclicas de Porto Alegre. Foto: Aline Brandão
Porto Alegre/RS
Na capital gaúcha as Cíclicassurgiram há pouco mais de 1 ano, em fevereiro de 2011, num contexto muito peculiar: dois dias antes do atropelamento em massa que atingiu dezenas de pessoas, durante a Massa Crítica de Porto Alegre.
“Muitas de nós estávamos presentes naquele episódio triste. Mesmo assim, no encontro do mês de março 10 meninas compareceram com seus receios e insegurança, mas fizemos uma pedalada tranquila. Distraímos um pouco a cabeça no meio daquilo tudo”, contou Aline Brandão, integrante do grupo.
Impulsionadas pela experiência das Pedalinas em São Paulo, as Cíclicas nasceram com o intuito de promover o uso da bicicleta e ajudar as meninas a ter segurança no pedal. “Nos reunimos para trocar experiências e informações sobre a nossa querida bici e sobre o dia a dia das ruas de uma ‘Porto que não está tão Alegre’. Nos apoiamos umas nas outras e nos divertirmos muito pedalando”.
Salvador/BA
As Meninas ao Vento. Foto: Pablo Florentino
Em meio ao calor nordestino, as ‘Meninas Ao Vento’ encaram as ladeiras de Salvador sobre duas rodas, sem motor e com muito estilo. O grupo é contemporâneo das Cíclicas, nascido também em fevereiro de 2011, e agrega ao seu discurso o ‘cycle chic’ como forma de aproximar a bicicleta das pessoas.
“Adotamos o estilo por acreditar que pedalar com as suas roupas comuns, do dia a dia, é um fator a mais para encorajar o uso da bike como transporte”, conta Ana Elisa, integrante do grupo.
No início, as Meninas Ao Vento contavam com apenas 3 integrantes, por isso, segundo relata Ana Elisa, “era necessário a presença de alguns meninos convidados que ajudavam bastante durante o trajeto. Hoje em dia, já são muitas meninas que conseguem ir ajudando as outras e intervindo no trânsito para garantir a segurança das iniciantes durante o pedal”.
Pouco mais de um ano se passou e a realidade de Salvador já mudou muito. “Noto que muitas mulheres que começaram no Meninas ao Vento já estão autônomas com suas bicis pela cidade e também multiplicam sua autonomia fazendo bike anjo de outras. Muitas meninas, quando iniciantes, relatam quão importante é ver outra mulher pedalando de modo seguro nas ruas para que elas percam o medo e comecem a pedalar”
O grupo também promove oficinas e encontros temáticos.
Curitiba/PR
Apesar da fama de “capital mais verde e sustentável do Brasil”, Curitiba conta com um movimento forte de luta e legitimação do uso da bicicleta nas ruas. A Massa Crítica de lá é uma das maiores do país e, apesar do alto número de usuários de bicicleta, a cidade infelizmente enfrenta situações polêmicas quanto aos direitos e deveres do ciclista, como, recentemente, o uso das canaletas.
Fiquei sabendo recentemente, por meio do blog Ir e Vir de Bike, vinculado ao jornal Gazeta do Povo, que em novembro do ano passado foi formado o grupo Saia de Bike, que teve seu nome escolhido por votação pública na internet.
Apesar de promover discussões sobre o universo feminino, o Saia de Bike é um grupo que agrega todos os gêneros: homens e mulheres pedalam tranquilamente, em ritmo leve pelas ruas da cidade. “Discutimos questões que só as mulheres passam, como pedalar grávida, por exemplo. O ritmo é mais leve, suave, mas nada impede que todos participem”, informou uma das fundadoras do grupo, Anaterra Viana, ao site Ir e Vir de Bike.
Belo Horizonte/MG
As ladeiras de BH não assustam as meninas do Pedal de Salto Alto. O grupo foi formado em 2010 e, como o próprio nome já remete, também agrega os valores do cycle chic entre as participantes.
“Somos um grupo de mulheres que incentiva o uso da bicicleta em suas diversas modalidades: transporte, lazer e esporte. Cada uma no seu estilo, todas serão bem-vindas”, diz a apresentação no site das meninas. Elas se reúnem a cada dois meses na Praça da Liberdade, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de BH
Natal/RN
Uma novidade fresquinha é o nascimento das Pedalinas Potiguares, mais um grupo de pedal feminino localizado no Nordeste do Brasil. Elas se reuniram pela primeira vez em abril desse ano e pedalaram num grupo misto (com homens e mulheres) pelas ruas de Natal.
Segundo constam os relatos do site, as Pedalinas Potiguares surgiram com a proposta de também incentivar as meninas a pedalar. “O grupo visa unir as mulheres que já pedalam nos diversos grupos de cilistas da cidade para, juntas, mostrar que nós também temos espaço no ciclismo e merecemos o devido respeito e atenção no trânsito”.
Manaus/AM
Direto do extremo norte do Brasil recebemos a ótima notícia da existência do grupo feminino Amazonas de Bike, um projeto realizado em parceria com o grupo Pedala Manaus, para promover o encontro das meninas que escolheram a bicicleta como estilo de vida. “Nosso objetivo é desmistificar a figura da mulher ciclista e aumentar o número de mulheres que pedalam. Aqui somos mulheres comuns, inclusive atletas, que gostam, amam, adoram pedalar”, diz a descrição na página do Facebook.
Post dedicado à todas as mulheres que pedalam nas cidades brasileiras – especialmente às que faleceram exercitando seu direito, legítimo, de ir e vir.
fonte: vadebike