sábado, 21 de julho de 2012

A Cidade é sua?

A cidade é nossa?

Assumimos como cidadãos a responsabilidade de cuidar da cidade?

Possuímos a compreensão de que ela nos pertence?

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" Cidades desenvolvidas em cima de uma política "rodoviarista" fracassada, coloca os cidadãos em condições idênticas as dessa fantástica ilustração criada pelo Departamento de Estradas Sueco, utilizada para contestar as altas velocidades permitidas na Suécia. 

   São Paulo e NY, por exemplo, que adotam velocidades entre 50 a 60Km/h, também afirmam ser seguras.
   Alguém tem ideia do resultado de um impacto de um veículo de 1,2t. contra um corpo humano a 50km/h? ..."



fonte: (facebook)oscar b.


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Cidades para pessoas. Ou não!

 


por Cristina Aragón


Blog do trânsito
São Paulo, metrópole grande em tudo incluindo as suas mega-contradições e desigualdades.

Mike Davis, Professor do Departamento de História da Universidade da California em Irvine, (Planeta Favela -2006), abordando as questões urbanas da “arquitetura do medo” escreveu:

“A mais famosa cidade periférica cercada e americanizada do Brasil é Alphaville, no quadrante noroeste da Gande São Paulo. Batizada (perversamente) com o nome do sinistro mundo novo do filme distópico de Godard, de 1965, Alphaville é uma cidade particular completa, com um grande complexo de escritórios, um shopping center de alto nível e áreas residenciais cercadas, tudo defendido por mais de 800 seguranças particulares. ..Segundo Tereza Caldeira (livro cidade de muros- 2000)- a segurança é um dos principais elementos da publicidade e obsessão de todos os envolvidos. Na prática, isso tem significado justiça com as próprias mãos contra criminosos e vadios invasores, enquanto a juventude dourada da própria Alphaville pode fazer loucuras; um morador citado por Caldeira afirma: a lei existe para os mortais comuns, não para os moradores de Alphaville…..Enquanto isso, de volta ao mundo local, os pobres urbanos estão desesperadamente atolados na ecologia da favela”.

Por outro lado, em SP, dá pra notar como as pessoas (as normais) voltam a ocupar os espaços públicos. Não é difícil observar encontros e comemorações de aniversários de crianças com decoração e tudo o mais, nas praças públicas.


Blog do Trânsito
Com a transformação de uma faixa de tráfego em ciclofaixa, da avenida Prof. Fonsceca, acontece a integração da ciclovia do Parque Villa Lobos. É uma experiência exitosa, tanto que uma grande seguradora, já faz marketing, financiando parte das ações operacionais, incluindo monitores de trânsito. Pena que as ações só aconteçam em fins de semana. Mas já é um começo de um processo, com certeza irreversível.

Quando governantes tiverem mais coragem e se convenceram que o sonho da fluidez acabou, devolverão o espaço que as bikes não deveriam ter perdido.Enquanto isso, um candiadto a prefeito promete implantar 400 km de ciclovias ou ciclofaixas em SP, coincidentemente, após uma desastrada matéria publicada em capa do diário oficial de SP, que dava destaque aos conselhos de um médico ortopedista. Em lugar de propor políticas públicas no sentido de viabilizar o transporte saudável e sustentável com segurança, o Dr paulista sugeria que ninguém pedalasse em sua vida cotidiana, exceto para o lazer. Sinal que ainda temos muito chão pra andar. 

Como diz o grande “profeta” J Pedro Correa, precisamos deixar de querer converter os já convertidos na causa da segurança do trânsito. 



fonte: Blog de Trânsito/iBahia (16/07/2012)







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